14 de fev. de 2010

Slipknot é mais do que só imagem

Por todo aquele drama e aparência, o Slipknot quer que as pessoas saibam que a banda sabe uma coisa ou outra de metal na música.


Chris Fehn não parece assustador. Ele não tem uma voz grave e grossa, ou usa a palavra F em exceção como se espera depois de se ouvir um álbum do Slipknot, ou só de apenas ter olhado para a capa do CD.

Esses caras assustam no palco. Não tem outro jeito. Cada um dos nove membros da banda usa uma máscara horripilante e trajes de pára-quedistas, e são mais intrigantes do que o Freddy, Jason e Michael Myers juntos.

Mas fora do palco, eles são caras comuns. Fehn jogava futebol na escola, e foi jogador do time da Universidade Wayne State. Ele também joga golfe. Ele não se julga tão bom o quanto queria, então seu nível de pontaria não é muito alto, mas tem muitos caras por aí que o aceitariam.

Esse provavelmente não é o tipo de coisa que se espera vindo de um artigo sobre o Slipknot. As personalidades da banda ficam fora de todo aquele pacote. E essa personalidade – aquela que envolve o grupo ter aderido o nome de maggots para seus fãs por terem visto uma vez vermes parecendo uma pista de mosh sobre um veado morto – leva uma pessoa a pensar que eles fazem coisas muito mais sinistras em seu tempo livre do que jogar golfe.

Fehn é atencioso quando fala sobre as fantasias. O rosto da máscara não é o mesmo quando está dentro do quatro de um hotel. Mas também ela não é só uma imagem para vender mais CDs.

“Ao vivo, é definitivamente quem eu sou,” diz Fehn, um dos percussionistas da banda, que toca ao vivo no Alltel Center nessa quarta-feira. “(As máscaras) são só um complemento. Faz parte do pacote.”

A máscara de Fehn é de couro com um nariz comprido e cheia de rebites. Como todos os outros membros da banda, ele teve suas variações em sua máscara, mas todas elas são similares. Fehn não criou sua máscara sozinho. Já fazia parte da banda quando ele entrou em 1997. E ficava perfeita para ele.

“Eu estava tão entusiasmado por estar na banda. Eu tava tipo, ‘É, cara, eu vou usar qualquer coisa,’” ele disse.

Algumas pessoas dizem que as máscaras são só pra chamar atenção. Fehn diz que quatro CDs de platina e o nº 1 já dizem por si mesmos. Máscaras horripilantes não fazem as pessoas comprarem CDs.

“A maneira que eu penso sobre isso é, você pode ir até certo ponto com imagem,” ele disse. “Eu pessoalmente acho que a música é o mais importante no que fazemos. Se não fosse, nós só seríamos um pôster pequeno no quanto de um adolescente e logo seríamos esquecidos.”

A banda se originou em Iowa, se formando em 1995, e lançou quatro álbuns. Fehn substituiu um baterista logo que a banda se formou e estava bem ansioso com a oportunidade.

O metal sempre foi o seu refúgio. Ele teve boas notas na escola e fazia esportes quando crescia em Iowa. Mas sua música favorita vinha do Metallica, Slayer, Sepultura e afins.

“Era um tipo de concurso pra achar os CDs mais doentios e pesados que você pudesse,” ele disse.

Ter a oportunidade de fazer o tipo de música que gosta, e oferecer isso aos fãs da banda, é um sonho realizado. Noite após noite, não é nem mais um desafio se preparar para o show, o que envolve explosão absoluta de agressividade. Se ele está se sentindo cansado ou não está de bom humor, só levam alguns minutos dos primeiros riffs que ele já se anima.

“Eu amo a música, eu amo a banda, eu amo os fãs,” ele disse. “Eu não sou uma pessoa agressiva na vida real. Mas a música sempre foi assim pra mim. Por dentro, tem muita fúria.”

O mesmo é verdade para os fãs do Slipknot, ele diz. As pessoas podem não pensar que os bons adolescentes do meio do oeste são do tipo de ficarem se batendo numa pista de mosh, mas eles são insanos nos shows do Slipknot.

“É quase como se fosse melhor porque eles são famintos por boa música – boa música pesada,” ele disse. “Na minha época de adolescente em Iowa, nós raramente víamos algum show acontecer por lá. Quando alguma das nossas bandas favoritas ia até a nossa cidade, você tinha que por tudo pra fora, pois nunca se sabia quando teríamos algum show daquele de novo.”

O Slipknot vai fazer o melhor que puder para que o mesmo aconteça em Mankato, Fehn diz. Vai ser um show com muita energia, como sempre, ele diz.

“Nós nunca desistimos,” diz. “Nós estamos um pouco mais velhos, um pouco mais cansados agora. Mas os caras estão mais em forma do que antes, é estranho... nós somos como um exército, cara. Estamos mais forte do que nunca.”

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