O site si.clarin da Argentina entrevistou recentemente o baterista Joey Jordison, que falou sobre o All Hope Is Gone, e prometeu a banda na América do Sul no mês de Junho. Confira a matéria completa abaixo:"Vão à merda. Sabe o que acontece? Eu te digo do fundo do meu coração, ninguém nunca terá a mínima idéia do que isso significa, a dor que sofremos cada dia de nossas vidas", diz Joey Jordison, baterista e fundador do Slipknot, falando ao telefone sobre todos que falam mal deles por usarem máscaras no palco, "Eles não entendem nada. Após dez anos de carreira, ainda existem aqueles que dizem coisas estúpidas. As máscaras nos ajudaram a criar algo que é completamente monstruoso. Eu gostaria de ver todos esses que criticam tentando fazer o que fazemos. Não somos uma banda fácil de ser."
É mais uma exigência própria ou de outras pessoas?
"Ambos. Mas todos nós desejamos tudo pela banda. Atualmente estou tocando com um tornozelo quebrado. Shawn quebrou a cabeça duas vezes, Jim já tocou com uma mão quebrada e Corey já ficou sem voz diversas vezes e se comunicava escrevendo em bilhetes, mas no palco ele era o mesmo."
É difícil a convivência entre nove integrantes?
"Lógico, nós temos nossas diferenças. Como somos todos de Des Moines, somos uma espécie de gangue. Tem hora que nos matamos e tem hora que ficamos orgulhosos do que os outros fazem."O novo álbum do Slipknot tem um título chocante: All Hope Is Gone ("Toda a esperança se foi"). "Compusemos muito nas turnês", diz Joey. O álbum também carrega uma peculiar canção chamada 'Snuff'. "Eu sei que não é muito comum pra nós, mas já tivemos 'Prelude' e 'Circle', que são bem calmas. Mas 'Snuff' é uma bela história. Corey não costuma compôr canções, então é bem raro quando ele decide fazer isso. Quando ouvimos a versão final, haviam lágrimas em seus olhos e eu disse, 'Isso é exatamente o que ele tinha em mente.' Foi muito forte."
Mas ao mesmo tempo, existem músicas completamente agressivas, como 'Gematria' ou 'Butcher's Hook'.
"E é ótimo atingir esses extremos. 'Gematria', por exemplo, começa com uma introdução de bateria que é absolutamente forte. E eu tive que reescrever toda a 'Butcher's Hook' porque os caras não tinham gostado da versão original. Eu os xingo até hoje por isso." (Risos)"All Hope Is Gone foi o disco gravado com mais rapidez. Me lembra um pouco o primeiro álbum, que foram gravadas sete músicas em um dia, e nós dizemos 'Parem um pouco!'. Foram 3 dias pra gravar todas as partes da bateria."
Falando do primeiro álbum, qual é o problema? Porque não reeditam?
"Era uma banda totalmente diferente. Não que eu não esteja orgulhoso, muito pelo contrário, mas não me parece correto. Naquela época, o único problema era que a banda não tinha um estilo próprio sem passar por todos os outros. Era como se Mr. Bungle tivesse criado o death metal."
Você sente falta daquela época?
"Não, nunca olho pra trás. Desde os tempos do The Pale Ones, que era apenas Paul e Shawn, que, diga-se de passagem, eram horríveis (Risos), sempre soubemos que isso valia mais. O fogo continua lá, continuamos deixando rastros de cinzas e chamas por onde passamos."Dentro do metal, Joey Jordison parece ter um nome respeitado. "Estou muito lisonjeado por existirem pessoas que dizem coisas como que sou o melhor baterista da minha geração, algo que eu mesmo não acredito. Sim, tenho muita dedicação, faço meus exercícios todo santo dia. Até mesmo quando quebrei o tornozelo em Setembro."
E como conseguiu superar?
"Não sei. Ninguém achou que eu conseguiria, mas eu consegui. Eu me lembro que Mike Portnoy (baterista do Dream Theater), um irmão que eu admiro muito, quando me viu disse, "Que merda! O que você vai fazer todo esse tempo sem tocar?", eu disse "Olha." E comecei a tocar bateria. Quando terminei, ele estava paralizado e disse, 'Eu jamais teria notado a diferença.'"Não houve a necessidade de fazer a pergunta de sempre, ele mesmo já disse: "Nós voltaremos à América do Sul em Junho. E eu te digo isso, apesar de parecer que estou blefando, e apesar de saber que todo mundo diz isso pra soar agradável, eu te garanto: Lá aconteceram os melhores shows que já fizemos. Em Bogotá por exemplo, me lembro que tocamos por três horas, e durante todo o tempo, tudo que nós ouvíamos era o grito da galera. Desafiaram a segurança e se amontoaram como formigas. Pensávamos que alguém tinha morrido."Fonte: si.clarin.com em 09/01/09. "
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