31 de jan. de 2009

The Eye of a Clown: Far From the Tree










"Esse dia foi bom. Se você olhar pra trás, lá na casa tem um objeto vermelho na porta, e aquilo é meu pai. Esse é o lugar que eu cresci com o meu pai e passei muito tempo lá. É chamada Casa Branca em Des Moines, e eu ia lá quando o meu pai tinha problemas. As vezes eu chegava lá as 5:30 da manhã e o cozinheiro me fazia um hamburguer ao invés do café da manhã, eu não suporto café da manhã.Nesse dia em particular, meu pai me levou até o lado de fora e nós vimos essa coisinha linda aqui e eu imediatamente comecei a fazer o que eu sempre faço, tirar fotos. Meu pai me olhou e disse "Você não vai tirar fotos disso!" E eu me lembro de explicar que não tinha escolha. Pra mim, essa foto representa a liberdade das pressões da sociedade, Meu pai é a sociedade aqui e ele falava "Você não vai fazer isso" e a arte me obrigava a me libertar de tudo e aproveitar o momento, porque sou tão fascinado pela morte e pela vida e todo esse processo.Tinha acabado de acontecer, o sangue ainda fresco e eu achei tão irônico que tem aquela ponta de cigarro, que representa um homem alguns centímetros daquela linda vida que foi tirada. É uma foto direta e mostra exatamente isso, mas é um outro exemplo de quando eu tento achar a coisa.É engraçado porque foi a única vez que eu levei a câmera pra esse lugar que eu vou a vida toda, e é a última foto que eu tirei do meu pai e ele esta ali embaçado. E é assim que ele vai ficar pra sempre, pode ser apenas um borrão vermelho de cabelo branco, mas pra mim essa é a maior coisa na foto. Ele é a coisa mais longe de tudo e nosso relacionamento era assim. Ele não podia participar disso porque era difícil pra ele, e eu estava lá de joelhos fazendo a coisa.Fonte: Headbangers Blog

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