13 de dez. de 2008

Joey Jordison na Drum! Magazine: Tradução



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É mais um dia entediante de Junho em Iowa e a chuva tem sido uma presença constante desde os dias catastróficos e enchentes que atingiram a região há algumas semanas e deixaram centenas de pessoas desabrigadas. A família de Joey não foi prejudicada pela tempestade, eles vivem numa região mais elevada.

"Nós estamos em casa por enquanto, desde Janeiro," diz Joey Jordison. "Ontem, dirigindo de casa até o estúdio, pegamos uma chuva de granizo com pedras de uns 5cm atingindo meu carro. Eu dizia 'Não precisamos de mais chuva, cara.'"

Ele passou os últimos meses com seus 8 irmãos do Slipknot gravando o álbum All Hope Is Gone, e a banda está prestes a embarcar na turnê Mayhem. Joey não está se importando com os críticos e pessoas que sempre quiseram acabar com o Slipknot. Aqueles que continuam achando que o Slipknot é apenas uma coisa passageira, ou uma turma de desocupados sem talento e que precisam vestir máscaras pra atrair pessoas para o show. Aqueles inimigos sem face que estão sempre postando críticas na internet sobre o novo álbum da banda, mesmo ainda não tendo ouvido.



O desrespeito que Joey sente que têm crescido exponencialmente. Em apenas cinco minutos da nossa tranquila conversa, ele surta e demonstra sua raiva como um animal feroz. Joey não vai mais aguentar isso.


"Vão se foder, seus filhos da puta, foda-se. Não tenho sido sensível como de costume."

"Nossa música vai te matar, caralho. Vai foder você inteiro. Eu não estou nem fodendo pra que outra banda é, porra. Nós vamos literalmente despedaçar a porra da sua banda." Seu tom de voz aumenta. "Quando nós nove nos unimos, é o que há. Mal posso esperar até o primeiro dia da turnê porque todas as outras bandas que vão tocar conosco estão completamente fodidas." Ele fica mais incisivo e deixa bem claro: "Eu odeio a porra do metal de hoje, as porcarias inúteis das bandas falam merda da gente agora." Ele está gritando histéricamente. "Você quer ouvir metal? Você quer ouvir coração e alma?" Ele começa a berrar."Vão se foder, seus filhos da puta, foda-se. Não tenho sido sensível como de costume."

Ele pausa por um tempo e se recompõe. A sala ecoa o som de seus berros. "Eu odeio entrevistas, caralho. Faça logo a próxima pergunta."


O INÍCIO.
Para um cara que é conhecido por vestir uma máscara Kabuki inexpressiva, Joey começou sua carreira como baterista num lugar muito confortável - a casa de seus avós: "Eu fui até lá e vi um kit de bateria que estava jogado num quartinho. Meu avô montou pra mim. Foi aí que descobri o que eu queria fazer."


"Minha mãe arrumava uns baldes e panelas pra eu tocar."

Embalado pelo ritmo de John Bonham e Keith Moon - seu "baterista favorito desde sempre" - O pequeno Joey, com 5 anos de idade na época, ensaiou com qualquer coisa que pôde. "Minha mãe arrumava uns baldes e panelas pra eu tocar." diz ele. Insatisfeito com um instrumento, Joey logo aplicou seus dotes musicais em outras coisas: guitarra; piano; e xilofone, que ele tocou na quarta série. Seu interesse continuou crescendo, assim que possível, ele entrou para a banda de jazz da escola.

"Quando entrei na faculdade, eu participava de competições de jazz, viajamos por todo o Centro-Oeste - cinco estados - e eu venci todas aquelas premiações, tenho tudo na minha casa. Mas eu comecei a faltar nos ensaios da banda, porque eu estava em outras bandas de trash e punk. Fui expulso da banda de jazz. E quer saber? Eles ficaram em último na competição seguinte. Era tudo por minha causa. Mas eu era um cara do metal, e comecei a ficar desleixado. E foi aí que a minha vida começou a se transformar em música."

Literalmente. Mal era um adolescente, e Joey já estava começando a causar impacto na cena do metal e punk local, depois que ele se formou não tinha mais volta. Numa de suas primeiras bandas, ele tocou com Craig Jones, atual sampler do Slipknot, que na época tocava guitarra. Joey relembra "Eu era o mais novo - tinha uns 14 anos - tocando com uns caras de 24, 25, se apresentando o dia inteiro pra um monte de punks."


"Fui lá e aprendi 4 músicas, as únicas 4 que Shawn e Paul tinham. E deu certo!"

Lidando com outros músicos, Joey começou a imaginar o que se tornaria o Slipknot. "Eu continuei trabalhando num posto de gasolina em Sinclair. Eu saía e ficava esperando pela próxima oportunidade. Paul [Gray, baixista] sempre vinha à Sinclair - 'Ei cara, você gostaria de tocar comigo qualquer hora?' - E então eu fui até um de seus ensaios com Shawn, que estava tocando bateria no momento, e eu disse, 'Deixa eu ficar na bateria'. Fui lá e aprendi 4 músicas, as únicas 4 que ele e Paul tinham - e deu certo."



Por volta de 1995, a formação do Slipknot estava quase montada. Através de contatos de amigos, o guitarrista Mick Thomson foi recrutado, e o grupo de 7 integrantes alternou as funções novamente. Finalizaram a formação com o vocalista Anders Colsefini, gravaram e lançaram o primeiro álbum, Mate. Feed. Kill. Repeat, no dia das bruxas de 1996, ganhando algumas execuções na rádio e apresentações pela cidade. Mas isso não duraria muito - Anders sairia da banda em pouco tempo, deixando-a sem vocalista. Alguns membros da banda já tinham outro em mente.


"Nós fomos até um lugar que Corey trabalhava e ele se cagou de medo!"

"Sempre quisemos Corey [Taylor, atual vocalista], mas não sabíamos se ele poderia aguentar a brutalidade e a ferocidade que o Slipknot traz. Nós fomos até um lugar que ele trabalhava e ele se cagou de medo. Ele estava no Stone Sour no momento, e nós andávamos pela loja e olhando pra ele e conversando entre nós mesmos. Eu sabia que ele conseguiria. É só estar numa sala com um monte de animais revoltados, - 'Sim, ele consegue. Esse é o melhor cantor do mundo. Estou numa banda com o melhor cantor do mundo' - Então nós fomos até o caixa, olhamos pra cara gélida dele e perguntamos se ele queria tentar. Ele tremia. Já haviamos derrotado o Stone Sour na Batalha de Bandas. Fizemos um ensaio particular e eu e Shawn nos sentamos afastados e ficamos falando 'É ele. É ele. Ele é fantástico.'"


"Estou numa banda com o melhor cantor do mundo"

A primeira apresentação da banda com Corey, dois meses depois, forçou a banda a provar sua coragem com um vocalista "menos pesado" de um grupo rival. "Mano, a galera odiou. Corey subiu e... você nunca viu um clube tão lotado antes. Era o vocalista do Stone Sour saindo da banda e entrando num conjunto rival. Mesmo assim foi um bom show, estava muito quente. Me lembro que a maquiagem derreteu em dois minutos. Sabíamos que aquilo ia acontecer. Pensei 'Merda, estamos fodidos. Tomamos a decisão certa?' - Ele é um gênio do caralho. Ponto final."



APERTANDO O NÓ.
No começo de 1998, a banda reformada assinou com a Roadrunner Records e retornou ao estúdio para fazer o álbum 'Slipknot'. A sessão foi marcada pela primeira vez que Corey cantou pela banda, Joey se lembra do dia também por outra razão, ele conta gargalhando:

"Naquela primeira gravação eu quase queimei o estúdio inteiro [Indigo Ranch]. Depois que todos foram embora, eu fiquei lá pra fazer a mixagem com Ross Robinson. Chris Fehn também estava comigo. Todos iam pra casa. Uma certa noite, estava muito frio e eu dormi com um aquecedor bem perto de mim. No meio da noite eu me virei na cama, dormindo, e o lençol ficou muito perto do calor. Pegou fogo - eu acordei e o estúdio inteiro estava repleto de fumaça. Joguei água no quarto todo. Cara, eu quase queimei Indigo Ranch inteiro."

O álbum foi lançado em 1999, no auge do movimento nu-metal. A banda foi chamada pra tocar no Ozzfest no mesmo ano, e chocou a platéia trajando macacões vermelhos, máscaras e seu arsenal musical único. A bateria de Jordison portava toms de 8", 10", 12", 14", e 16", uma caixa de 13", e um bumbo de 22" x 20".

Depois disso o álbum começou a aparecer e ganhar posições em rankings, incluindo uma matéria na revista Rolling Stone descrevendo o álbum como "brutalmente intenso e aterrorizante pra caralho." Por volta de 2000, a banda ganhou a premiação de CD de platina para este álbum. "Foi um momento mágico para o Slipknot", segundo Joey.



Mesmo com o aumento da popularidade da banda, Joey não parou para apreciar a fama. Em vez disso, ele voltou direto às composições. Em Outubro de 2000, ele e o baixista Paul começaram a formular novas idéias para as músicas - que seriam posteriormente inclusas no 'Iowa'.


A música 'Iowa' é uma das mais assustadoras do Slipknot, mas eu a escrevi assistindo o desenho do 'Pernalonga'"

"Não tínhamos tempo para descanso. Não considero que tivemos uma pausa. E foi aí que a tensão começou," diz ele, lembrando que alguns outros membros da banda queriam uma parada antes da gravação de outro álbum. "Eu tinha todos estes riffs, como o de 'People=Shit', 'The Shape', 'Everything Ends', 'Skin Ticket', 'Iowa'. Uma coisa engraçada sobre a música 'Iowa' é que é uma das músicas mais assustadoras do Slipknot, mas eu a escrevi sendado lá na casa da minha mãe assistindo o desenho do 'Pernalonga'".





PAUL GRAY - Co-fundador

Baixistas e bateristas geralmente são bem unidos, mas a parceria de Paul Gray e Joey Jordison vem de muito antes da banda começar a fazer grandes turnês. No começo da década de 90, os dois tinham suas próprias bandas de metal em Des Moines. Paul e Clown começaram com o Slipknot, mas o baterista original não dava conta do trabalho, então eles chamaram Joey para completar, forçando-o a aprender 3 músicas na hora. "Agora você vai pegar 3 músicas. Não é muito, mas nós estamos fazendo músicas que têm 24 variações de riffs diferentes: Death-metal super-técnico e dedilhado - e solando ao mesmo tempo, coisa de louco."

No momento Paul e Clown estavam de olho em Corey Taylor, vocalista da banda rival Stone Sour, para substituir o atual vocalista do Slipknot. "Costumávamos participar da 'batalha de bandas' juntos," diz Paul. "E o Slipknot sempre vencia."

Pra mostrar sua habilidade, Corey reescreveu a letra de uma música do Slipknot e fez a gravação em apenas uma tomada. Paul conta como se sentiu: "Eu estava de mau-humor, pensava 'Se esse cara mandar bem na nossa música...' e então eu coloquei o CD da demo pra tocar e pensei 'Nossa! Ele tem que entrar na banda!'"

Paul e Joey são a mente criativa da banda. "Assim que eu e Joey saímos de uma turnê, começamos a compôr. Muita gente não sabe disso - é meio estranho. Não entenda de forma errada - são nove caras pra fazer o Slipknot, mas tudo começa com as idéias de Paul e Joey."

Para um recente exemplo, pegue o riff da música 'All Hope Is Gone'. Paul o escreveu em 1991 como guitarrista de uma outra banda. "E agora estamos aqui 17 anos depois e eu joguei esse riff na mesa. É uma das músicas que as pessoas vão ouvir e dizer 'Nossa, velho, é o novo hino de guerra do Slipknot!'. Craig Jones compôs a intro, mas o riff do meio da canção é de Joey, e Mick veio com a idéia daquela linha estranha de guitarra. Mas eu disse 'Vamos acelerar para um ritmo de blastbeat.' - E o vocal de Corey tá muito foda. As pessoas vão ficar loucas com essa música."

Então como Joey gosta de trabalhar? "Nós vamos debater sobre algumas coisas, mas no final das contas vai ficar do meu jeito de qualquer forma," impõe Paul, adicionando que os outros caras tiveram talvez uns 4 argumentos considerados em 17 anos de trabalho em grupo. "Joey e eu? Nós temos o controle um do outro, cara."


Com tantas músicas em mente, a banda entrou em estúdio sem férias extendidas. A gravação do 'Iowa' foi afetada pela exaustão do ciclo do primeiro álbum.

"Foi ali que entramos numa guerra. Foi ali que a banda ficou um pouco azeda. Naquele ponto, saindo de um sucesso de uma turnê de 18 meses, e seguindo pra fazer um álbum ainda mais pesado, todos queriam um descanso - mas eu e Paul não. Me lembro que a primeira música que escrevemos foi 'People=Shit'. O 'Iowa' inteirinho foi glória minha e do Paul, eu odeio dizer isso, mas é verdade. Sem dúvida foi o álbum mais pesado já lançado."

Considerado a ser um triúnfo do trabalho pesado, o 'Iowa' foi muito esperado e recebido tanto com aprovação quanto com rejeição, por soar ainda mais nervoso e obscuro do que o anterior. Uma das descrições do álbum que saíram na época foi "É como ter uma sacola na sua cabeça por uma hora enquanto o Diabo usa seu escroto como um saco de pancadas."

A banda fez uma extensa turnê, mais notável no Ozzfest e no Reading Festival. Atrás do kit, Jordison adicionou um bumbo e conseguiu um apoio da Orange County Drum & Percussion. "Eles fizeram dois kits pra mim - um era um 'Black Serpentine', dois bumbos, quatro toms 8", 10", 12", 14", 16", 18", dois bumbos 22" x 20" e duas caixas. Fizeram uma versão roxa de acrílico do mesmo kit que usei no Ozzfest em 2001."

Mas o momento tornou-se cansativo novamente. Por volta de 2002 as atividades da banda pararam. O vocalista Corey Taylor recomeçou sua banda original, o Stone Sour, lançando o álbum que leva o nome do conjunto. Joey estava como guitarrista no Murderdolls e surgiram boatos sobre o fim do Slipknot.

"Permitimos as pessoas entrarem. Foi aí que realmente nos tornamos uma banda"


No final de 2003, descansados e prontos para voltar, a banda começou a escrever o que se tornaria o 'Vol.3: The Subliminal Verses', produzido pelo famoso Rick Rubin. O processo teve complicações - os integrantes da banda se recusavam a conversar uns com os outros - mas eventualmente o faziam nas sessões.

"Eu e Paul recuamos, demos a todos mais espaço pra respirar. Foi quando eu comecei a respeitar ainda mais o Slipknot. Permitimos as pessoas entrarem. Foi aí que realmente nos tornamos uma banda"

Lançado em 2004 e atingindo o segundo lugar da Billboard, o álbum foi experimental, havia melodia, músicas quietas e instrumentos acústicos. O álbum não tinha a vulgaridade pela qual o conjunto era conhecido e as composições eram melhor distribuídas, tornando-se um grupo maduro de músicos com senso renovado.

"No 'Vol.3', músicas como 'Circle', ou 'Prelude' era muito vagas, estilo Pink Floyd - você tem que relacionar isso a Shawn, mesmo que tenhamos o ajudado a fazê-las. Sem ele essas músicas não existiriam."


"Nós aprendemos como respeitar um ao outro."

Sabendo que a banda se apresentava melhor ao saber que estavam sendo gravados, eles entraram numa turnê mundial com planos de produzir um álbum ao vivo. Um ano e diversas turnês de sucesso depois, a banda lançou o '9.0 Live' e faturou um Grammy de "Melhor Performance de Metal" pelo clipe de 'Before I Forget'. Foi uma grande evidência de que o Slipknot havia renovado as relações entre os integrantes.

"Todos nós temos nossas brigas, mas se tem algum dos caras sendo espancado, todos os outros 8 cairão em cima. Nós aprendemos como respeitar um ao outro."



A AUDÁCIA DA ESPERANÇA.
Não só uma marca do crescimento da banda, o álbum 'All Hope Is Gone', é uma reaparição da banda nos estúdios de gravação.


"Eu não me apresso como antes e não erro, porque simplesmente estou em paz."

"Ao invés de ficar assistindo todo mundo, eu saio da sala. Eu os deixo fazer suas partes. E quer saber? Isso faz uma música melhor - Quando você simplesmente deixa um cara expressar seus sentimentos e o que ele quer tirar da música. Pela primeira vez escrevi com Jim [Root, guitarrista], e foi nesse álbum - 'Sulphur', 'Vendetta', 'Child Of Burning Time', 'Gehenna' - todas essas foram feitas por Jim e eu. Foi muito legal. Eu levei minha bateria eletrônica até a casa dele, e foi muito maneiro."



PAUL BUSCH - O arquiteto da loucura


Quando você constrói uma plataforma hidráulica de ferro; personalizada pra içar um baterista e seu vasto kit a 9 metros de altura, virar 90° pra frente, e girar 360° pra ambos lados em variadas velocidades; existe um certo risco gravitacional que deve ser considerado.


"O ponto principal é que você quer que fique confortável para o baterista.", diz Paul Busch da 'Vision Fabrication & Design', construtor do set hidráulico bizarro do Slipknot. "Você está praticamente construindo uma estrutura de um brinquedo de parque de diversões, mas ele tem que conseguir tocar bateria ao mesmo tempo lá em cima."


Quando a construção terminou, Joey foi até a sede da companhia em Minneaolis por 4 dias pra fazer os testes. "No segundo dia ele vestiu o traje e a máscara para sentir como se estivesse no palco. Nós o levantamos, descemos, giramos para um lado e pro outro, pra frente e pra trás e depois, quando retornamos a plataforma ao solo, ele disse 'E aí? Fizemos tudo?'" diz Busch em meio a gargalhas. "Ele estava tão concentrado que nem viu que nós o erguemos - ele fica tão focado que parece que entra em transe."


Antes de Joey iniciar o solo, ele se levanta, o banco é substituido por uma poltrona Recaro de carros de corrida, encaixada em trilhos lubrificados e fixada atrás do baterista. A poltrona, que tem um cinto de segurança de 6 conexões para mantê-lo seguro, é ajustada em menos de 45 segundos. Quando Joey se senta e prende os cintos, ele faz um sinal de positivo e o assistente de palco Mike Morin manipula os movimentos da plataforma por controle remoto durante o solo.


O mais impressionante é que o kit continua no lugar quando tudo vira 90° pra frente. Mesmo com tudo fixado você fica achando que os pratos vão cair ou que ficarão num ângulo muito estranho pra tocar.


"Não, eles são fixados em cima e embaixo com discos e estão bem preparados pra permanecer na mesma posição. Alguns caras gostam que eles fiquem bambos. Joey gosta dos pratos onde eles devem estar." - Busch não tem nada mais do que admiração pela ousadia do Slipknot. "E eles são caras super legais. Mas não sei se deixaria meu filho ouvir a música deles."





"Você não vai sentir mais nenhuma travada nem falha minha. Agora eu só sento lá e toco o dia inteiro."

As novas músicas também mostram o crescimento mental e físico de Joey como baterista, técnico e membro de uma equipe. "Ele é muito mais técnico. Acho que porque em cada gravação, quando eu começo a compôr a música, eu vou lá, ouço os três álbuns anteriores e me pergunto 'No que eu consigo melhorar? Pedal duplo, sei lá, batida de caixa, ou bumbo, não sei' - é mais sentimento que me impulsiona. Minha banda está muito feliz agora. Eu não me apresso como antes e não erro, porque simplesmente estou em paz."



Algumas das novas músicas ilustram as habilidades refinadas de Joey, agora usando pratos da Paiste 14" na potência máxima. "Tenho um splash 14", 12", um chimbal 14" até um 18"."

Apenas 33 anos e Joey Jordison já olha para trás e aprende com seus erros do passado. "Estou envelhecendo, e qualquer baterista vai te dizer, quando você fica mais velho, você consegue respirar melhor. Stewart Copeland é um dos meus bateristas favoritos e eu sempre converso com ele - nos falamos por mais de uma hora e depois eu ouço ele tocar. Ele é uma das minhas maiores influências. Você ouve um dos álbuns antigos do The Police e ele está lá se apressando na batida feito um filho da puta. Você respira mais e então pode tocar mais rápido. Você não vai sentir mais nenhuma travada nem falha minha. Agora eu só sento lá e toco o dia inteiro."

O novo álbum causa orgulho: "Sinceramente, eu não diria isso, sou o meu maior crítico, mas esse é o melhor álbum do Slipknot já lançado. Ele mostra nosso amadurecimento, mas também mostra que não estamos fracos e que estamos absolutamente no topo do nosso jogo agora. Não paramos de balançar a cabeça nos ensaios. Todo mundo está cabeludo e é uma festa de cabelo pra todo lado. Não deveria ser assim, mas é assim que é. Encontro cabelo dos outros integrantes na minha cara."

Nesse momento, Joey se levanta e coloca pra tocar a música 'Gehenna'. Ele a ouve intensamente; fecha os olhos e se move no ritmo da música estalando os dedos. Ele está curtindo a própria música. "Puta merda, esse álbum é muito bom!" o álbum continua tocando. E ele finaliza dizendo "Nossa, é pesado. A energia das antigas está de volta!"

Um comentário:

dark angel disse...

bem... o joey é um kra mt mt mt bonito legal i tam seu estilo proprio o q eu adimiro mt nele. Amo td relacionado a ele...