7 de nov. de 2008

Shawn Crahan: The Eye of a Clown

O Percussionista do Slipknot, Shawn Crahan (mais conhecido como Clown) provou mais uma vez que não é bom apenas em bater em latões. Além de se expressar em edições de vídeos, ele tirou muitas fotos criativas ao longo dos anos. Em uma coluna semanal no HeadbangersBlog.com, ele comenta suas fotos. Abaixo, a terceira foto da série, e o comentário de Clown em seguida:







Essa foi tirada de uma Polaroid com camadas de diferentes coisas para obter toda a distorção que eu preciso porque nada é perfeito. Eu não passo muito tempo tentando criar, eu só deixo tudo acontecer. Ela foi tirada em Cedar Rapids, Iowa, e Slipknot estava lá tocando. Se você olhar no fim do corredor, verá o ônibus da turnê. Eu fui contratado para fazer algum artwork para o Wu-Tang Clan, então me coloquei numa pequena jornada pra achar algo que pudesse representar o Wu-Tang Clan. Eu acredito que se você se empenhar em encontrar alguma coisa, aquilo vai te encontrar e você encontrará aquilo.

Isso representa esse experimento na minha arte. Você tem que sair e procurar por isso. Não estará do seu lado. Sim, você pode ter suas ferramentas, fazer isso aparecer e me provar o contrário. Claro que podemos fotografar tudo que esteja na nossa frente pelo dia todo, mas é interessante sair e se convencer de que você achará tal coisa. Então, eu saí e achei isso.

Eu amo esse tipo de coisa porque eu sou fascinado com a morte e sou fascinado com a aleatoriedade de tudo, menos da vida humana. Isso é muito bonito em diversos níveis. A chave da vida desse pássaro é voar, e ele está quebrado e morto, não existe mais vôo. Mas ainda parece que o vôo continua por causa da forma que os órgãos e tudo ficaram na frente da lente. Usei o efeito 'fisheye' pra adquirir um movimento. É tudo que eu amo olhar porque isso é tão importante e faz quase todo o resto tornar-se desnecessário. Estou olhando pra algo que voa e está morto. Ele pode fazer algo que eu não consigo, mas acho que sou humano e acho que sou muito especial. E eu olho pra isso e é tão aleatório. Foi atingido e você pode ver a direção que estava indo.

Acho que é muito importante na arte continuar a olhar pra sua própria mortalidade, então eu faço muito isso. Eu saio e procuro por isso, não é por nenhhum motivo mórbido, mas pra estudar. É isso. É uma batida de carro. É um acidente de bicicleta. Isso é tudo que não queremos enxergar, mas está bem na frente de nossas janelas e é real e surreal e pesado. Eu estava na minha, a alguns centimetros da último espirro de sangue, sentindo o cheiro. Os fãs estavam por ali e não tinham nem idéia de que era eu. Eu estava esperando as pessoas sairem do foco, só pra ter isso. E isso, pra mim, é uma gratificação instantânea.

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